Fonte Jornal AN
O governo do Estado vai lançar, na próxima semana, um pacote de medidas econômicas de apoio às empresas catarinenses e para não perder o trem da competitividade. A iniciativa tem relação direta com a perspectiva do Estado deixar de receber empreendimentos de porte, em razão de política fiscal da União, que castiga Santa Catarina.
A resolução 13, que unifica alíquota de ICMS em 4% para todos os Estado, pune o Estado. Colombo deu a pista de alguns pontos deste o pacote de estímulo às indústrias, ao entrar no Centreventos Cau Hansen, para participar da solenidade de abertura da 12ª Conferência da Anpei.
As decisões decorrem da compreensão de que só com benefícios fiscais significativos e logística apropriada se é capaz de trazer para cá empresas de referência, e que sejam complementares ao parque industrial já consolidado. "Dar mais eficiência aos nossos portos e aperfeiçoar os acessos são necessários, discursou Colombo para plateia de profissionais e executivos. "Não vamos conseguir crescer só pelo aumento do consumo. Logística e tecnologia são vitais".
A maior preocupação dele - reiterada ontem - é com a perda de competitividade da agroindústria. O custo de produção longe da matéria-prima, (no Centro-oeste) pode comprometer o segmento.
Enquanto Colombo dizia-se "esperançoso", o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado de Santa Catarina, Paulo Bornhausen admite: "podemos não receber a fábrica de automóveis da BMW.
A frase ganha ainda mais peso quando segue no raciocínio: "chegar ao short list (ser finalista em disputa com outro estado candidato) já nos qualifica e ajuda, mas é claro que ganhar é melhor". Bornhausen teme que o investimento da montadora alemã vá para Campinas. "Lá há um núcleo alemão importante e é um polo industrial e de ciência e tecnologia conhecidos".
Por isso, o secretário mostra-se bem mais cauteloso com a possibilidade da vinda da BMW para Araquari. "A resolução 13 (que impôs unificação de ICMS de 4% para todos os Estados) nos prejudica muito" e é a razão do pacote a ser apresentado nos próximos dias".
Justamente para tratar de aspectos pendentes, executivos e técnicos da BMW reúnem-se com o governador Raimundo Colombo e secretários, amanhã, quarta-feira. O encontro tanto pode acontecer em Florianópolis, como em Joinville. "Horário e local serão definidos pela Casa Militar" esclarece Colombo ao entrar ao Centreventos Cau Hansen, em Joinville, para participar da abertura da 12ª Conferência da Anpei.
Bornhausen confirma a preocupação com outro dado: "com a unificação da alíquota de ICMS, o preço final dos produtos vai subir. O que se fez foi, na prática, é dar reserva de mercado para Santos. Para lá, há projetos que vão ampliar o porto em 40%.
Então, neste contexto, é "fundamental termos estruturas rodoferroviária e de portos e aeroportos adequadas às demandas futuras.
E completa a argumentação: "a vinda da BMW certamente vai adiantar projetos de investidores no complexo logístico de Araquari, envolvendo a construção de novo aeroporto internacional. Se a BMW vier, vai apressar isto. Há grupos gigantes - entre os dez maiores do Brasil - à espera. E a questão do complexo logístico será tratado na sequência do tema BMW.
Postado por larissa_guerra, às 8:50
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